Em seu colo choraminga um ladino pedindo abrigo
Não choras porque à vida sorri
E sim por que o olha com indiferença.
Por menor que seja à dor
Não pode ser medida
É como dor dente que nunca para.
O deixou caminhar sozinho;
Viveu séculos que durou segundos ao lado da incontrolável paixão
Caminhou definhando em pensamentos. Ora bolas!
Ela partiu, o que há de tão grave nisso?
O ladino levantou à cabeça, enxugou as lágrimas que escorrera e respondeu:
" Amar não é só o sorriso do meio-dia.
Amar também é sentir a faca enferrujada entrar lentamente em suas entranhas
Agonizar lentamente e não ter aonde ir
Amar, ora é infame, ora é a cura para todas as enfermidades
Amar nunca se tem por conhecido à tão clamada liberdade."
Deixai-o remoer à dor do coração desfigurado.
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